Lately we have astoundingly followed a series of violent acts all over our country: Brazil. We refer to violence as aggressions, beatings and murders, as well as extremely offensive words and gestures. The scenes occurred at soccer stadiums, Carnival marches, city common spaces or even inside family household apartments, with apparently favorable social and emotional conditions.
We think it is not necessary to explain each of those violence news, considering the already exaggerated media covering. Besides the shocking factor, those violent acts push us to seek information and share it with our partners. United or by ourselves we perform a psyche work attempting to find representations, in other words, reasons that could justify phenomena that are more similar to movies or nightmares, instead of reality itself. In general, it takes us a few weeks to "forget" that kind of news, except when we are the direct trauma victim, requiring, in that case, a long and laborious elaboration process.
Violências contemporâneas: de súbito, o ato. (Parte I)
Nas últimas semanas, acompanhamos com espanto uma série de atos violentos ao redor do país. Nos referimos à violência tanto no que diz respeito a agressões, espancamentos e assassinatos, como também a palavras e gestos extremamente ofensivos. As cenas ocorreram em campos de futebol, blocos de carnaval, nos espaços comuns da cidade, ou mesmo dentro de apartamentos habitados por famílias de condições sociais e emocionais aparentemente favoráveis.
Pensamos que não cabe aqui recapitular cada uma dessas notícias, já que todos tivemos acesso a elas; além da mídia explorá-las amplamente, o fator chocante presente em todos esses atos de violência nos impele a buscar essas informações e comentá-las com nossos pares. Sozinhos ou coletivamente realizamos um trabalho psíquico na tentativa de encontrar representações, ou seja, encontrar razões que justifiquem fenômenos que mais se parecem com filmes ou pesadelos do que com a realidade propriamente dita. Em geral, demoramos algumas semanas para esquecê-los – isso quando não somos nós mesmos as vítimas diretas do trauma, pois nesse caso a exigência de elaboração torna-se muito mais demorada e trabalhosa....